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Google vs Facebook: A competição pelo bolo publicitário

Na competição pelas audiências dos meios digitais surgem destacados dois players: Google e Facebook.
Duas empresas com ADN digital, mas que competem no vasto universo dos media.

Hoje, o bolo publicitário apresenta-se muito mais fragmentado, não só pela dispersão de meios, mas como também pelo aparecimento de novos players digitais que muito rapidamente conquistam lugares de relevo neste mercado.

Como player mundial, a Google garante hoje mais de 90% da sua faturação em publicidade, a estratégia consistiu na criação de um poderoso motor de pesquisa que “agarrou” toda a Internet e fidelizou audiência, o que lhe permite rentabilizar este serviço com publicidade direcionada, garantindo uma elevada afinidade entre conteúdos e anunciantes. O seu domínio nesta área é hoje absoluto.

O Facebook, por sua vez, seguiu uma estratégia completamente diferente colocando pessoas e empresas debaixo do seu domínio onde criou um ecossistema que potência o relacionamento entre marcas e utilizadores da forma que muitos marketeers sempre sonharam.

A Google sente-se, por isso, efetivamente ameaçada pelo Facebook. A tecnologia de suporte às soluções comerciais associada à enorme fidelidade da audiência traduz-se em mais tempo de permanência e estes são argumentos de peso para ser um forte candidato a uma grande fatia do bolo publicitário. É este o principal motivo para o potencial de valorização de 100 mil milhões de dólares que certamente se concretizará quando entrar em bolsa.

A Google é uma empresa com uma forte capacidade de reação, e a primeira resposta a este novo concorrente foi a criação de uma nova rede social, o Google+. Apesar do crescimento rápido do Google+, que já conta com mais de 90 milhões de utilizadores, ainda está longe dos 850 milhões do Facebook.
A segunda resposta da Google (que poderia ter sido a primeira pela rapidez de implementação) foi a alteração dos temos e condições de utilização dos sites que são propriedade da Google (como são o caso do GMail, YouTube, GoogleMaps, etc.), que passaram a partilhar entre si informação dos temas (conteúdos) consultados pelos seus utilizadores, melhorando desta forma a experiência de utilização no seu ecossistema e aos anunciantes uma ferramenta de publicidade tão ou mais poderosa do que a do Facebook.

As regras do jogo mantêm-se, caberá a quem captar mais audiência e tiver maior capacidade de inovar a maior fatia do bolo.