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Saúde: Apple investe em diagnósticos

As ambições da Apple na Saúde não param de crescer e a empresa com maior capitalização bolsista do mundo quer, por isso, reforçar a importância do iPhone nesta área: novas funções foram adicionadas à App HealthKit que vão torná-la numa ferramenta de diagnóstico que vai mais além da atual função de monitorização da atividade física. Com isto, a empresa liderada por Tim Cook quer resolver dois problemas na indústria: permitir a transferência de dados, de forma segura e através de diferentes bases de dados, entre hospitais; e tornar mais rápida e fácil a análise pelos médicos a grandes quantidades de dados sobre os seus pacientes.

Esta visão justifica a recente aquisição da Gliimpse, uma startup que, nos últimos 3 anos, tem vindo a dedicar-se à construção de uma plataforma na qual os pacientes podem gerir e partilhar os seus dados e informações médicas. Uma aquisição que vai ajudar a Apple a reforçar o seu posicionamento na Saúde, somando esforços a outros serviços, como o CareKit e ResearchKit, que permitem a pacientes, médicos e investigadores aceder a dados importantes sobre saúde e bem-estar através de diferentes dispositivos.

Neste momento, o HealthKit é um repositório para todas as informações relativas à saúde, capaz de recolher dados provenientes de wearables ou outros dispositivos (como um  glicómetro ou medidor de pressão arterial).

A perspetiva do negócio 

Tal como aconteceu com o iPod, que foi a base para a transformação da indústria da Música, com o iTunes, pode vir a acontecer o mesmo vínculo entre iPhone e o HealthKit. Esta é também uma forma de “dificultar” a troca do iPhone por outro smartphone. Se toda a música está no iPhone talvez não faça muito sentido mudar para Android, por exemplo, e a mesma lógica está por detrás da “saúde”: se tivermos todos os nossos dados de saúde no iPhone, a Apple  cria barreiras à saída dos seus produtos e serviços.

Só nos Estados Unidos, estima-se que 8 biliões de doláres serão gastos, na próxima década, em serviços de saúde desnecessários ou que não introduzem melhorias e a Apple já demonstrou que não quer perder a oportunidade de inovar nesta indústria.

Parceria com seguradoras de saúde

A gigante dos seguros AETNA vai passar a subsidiar a compra do Apple Watch, depois do estabelecimento de uma parceria com a Apple. O impacto? Se as seguradoras incentivarem os detentores de apólices a utilizar estes equipamentos aumenta a possibilidade de se venderem mais smartwatches, como forma de incitar as pessoas a reduzir a sua exposição a problemas de saúde.

Isto pode ter alguma influência nas vendas do Apple Watch (foram vendidos 1,6 milhões, no último trimestre, segundo o IDC). Se for provado o sucesso com a AETNA é provável que outras seguradoras de saúde venham a fazer o mesmo  e o número de vendas aumente.

A Apple está também a trabalhar em novas Apps para o Apple Watch com diferentes finalidades, entre as quais a monitorização de padrões de sono, medição dos níveis de fitness através da avaliação de tempo entre o pico do batimento cardíaco até ao restabelecimento do batimento normal, isto para além da App já existente de medição do batimento cardíaco – que ainda não faz interpretação de dados.

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