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Tesla Music: Dos automóveis para os conteúdos?

  • Ao que tudo indica, a Tesla prepara-se para lançar o seu próprio serviço de streaming de música.
  • O fabricante de automóveis está a seguir o “modelo Apple” para criar um ecossistema fechado na área da mobilidade.

A Tesla, de acordo com alguns rumores, prepara-se para criar o seu próprio serviço de streaming de música.

Qual o objetivo de Elon Musk nesta possível entrada na área de conteúdos? A rádio continuará a ser o principal meio de entretenimento no automóvel e a audiência de serviços de streaming de áudio on-demand tem vindo a crescer significativamente. A Tesla está, por isso, a posicionar-se para proporcionar uma experiência integrada nos seus automóveis.

Torna-se cada vez mais claro que a empresa está a juntar as várias peças do puzzle para aplicar o “modelo” da Apple, com uma oferta integrada e completa que inclui hardware (automóvel), sistema operativo, software e serviços (streaming).

Um serviço de streaming “Tesla Music”, a concretizar-se, permitirá à Tesla captar dados relevantes sobre o comportamento dos utilizadores, nomeadamente o que ouvem, quando ouvem, etc. E, à medida que escala a sua base de utilizadores, a empresa poderá gerar receitas através de subscrições e de publicidade.

Outros serviços associados ao automóvel como é o caso dos seguros é outra oferta que a Tesla já começou também a integrar, através do programa InsureMyTesla na Austrália e Hong-Kong.

Construir um ecossistema fechado é uma estratégia interessante que deixa a Tesla bem posicionada (só lhe fica a faltar os mapas… uma área dominada pela Google e pela Apple) face aos fabricantes de automóveis tradicionais, que estão quase totalmente dependente das empresas tecnológicas para se manterem relevantes e competitivas nos próximos anos, pois não chegará passar a ter automóveis com motores elétricos.

A Apple e a Google poderão ser os “salvadores” dos fabricantes automóveis, integrando os seus sistemas operativos e respetivos serviços nos seus automóveis, com os quais já estão a cooperar.

No caso da Google é uma continuidade da estratégia já implementada pelo Android nos smartphones e tablets, mas para a Apple será uma novidade a mudança de estratégia e a não integração com hardware (automóvel) próprio. O que pode justificar alguns rumores contraditórios relativos ao projeto automóvel Titan, que apontam em duas direções: o desenvolvimento de um automóvel e o desenvolvimento de um sistema operativo para automóveis.

Para melhor entender a posição que cada um destes players está a ocupar neste novo ecossistema, desenhámos este infográfico onde fica clara a importância que as empresas tecnológicas terão no desenvolvimento da indústria automóvel:

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