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O ‘regresso’ da BlackBerry: dos smartphones para o software

  • A BlackBerry reinventou-se e transformou-se numa empresa de software.
  • A aposta tem sido bem-sucedida e o negócio de software e serviços da empresa tem sido o motor de crescimento e receitas.

Durante os últimos 4 anos, a BlackBerry trabalhou arduamente na sua transformação de uma empresa de smartphones para uma empresa de software, sendo um exemplo para as indústrias estabelecidas que procuram reinventar-se na nova economia.

Neste investimento em afirmar-se como uma empresa de software, a abordagem da BlackBerry teve como pilar algumas regras relevantes, nomeadamente não ter medo de “desistir” do core business e de definir uma visão nova, radical e transformadora.

Se em 2009, a BlackBerry dominava o mercado de smartphones, em 2013 foi brutalmente ultrapassada. Mas soube reagir. Em vez de se focar em gerar a maior receita possível através do seu core business em declínio, decidiu apostar no negócio do software.

Sob liderança do CEO John Chen, a empresa começou a reinventar-se: fez aquisições estratégicas (Encription, Good Technology, AtHoc, etc) parou de fabricar dispositivos (licencia a marca BlackBerry a outros fabricantes), pondo fim à sua cadeia de distribuição, e passou a concentrar esforços na sua oferta de software.

O seu “pão com manteiga” são as ferramentas de gestão de mobilidade para empresas, nomeadamente ao nível da cibersegurança, mas está também a expandir a sua oferta a serviços de Internet of Things, especialmente na indústria automóvel.

John Chen salientou, à Bloomberg, os progressos que a empresa está a fazer e destacou a importância de executar a sua visão:

O reposicionamento da BlackBerry começa a dar frutos. No último trimestre, a empresa superou as expectativas dos analistas e apresentou uma receita de 249 milhões de dólares. Um dos grandes responsáveis foi a receita recorde do negócio de software e serviços que aumentou cerca de 26% no último ano.