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Porque é que a Apple comprou a Shazam?

  • A Apple comprou a Shazam por cerca de 400 milhões de dólares.
  • Mais do que música, a aquisição pode estar intimamente ligada à estratégia de realidade aumentada da empresa.

A Apple comprou a Shazam por cerca de 400 milhões de dólares. A Shazam é uma App que reconhece e identifica músicas que estão a tocar, que já está integrada na Siri e em muitos outros serviços de outras empresas. Logicamente, faculta à Apple dados sobre as músicas que os utilizadores pesquisam, permitindo melhorar o motor de recomendações da Apple Music. Mas o mais interessante é o potencial da tecnologia da Shazam na estratégia de realidade aumentada (RA) da Apple.

A estratégia de RA da Apple não se limita ao desenvolvimento de hardware, é mais abrangente e tem como finalidade “aumentar” a nossa perceção do mundo ao identificar onde estamos, o que está a acontecer à nossa volta e como estamos a interagir com esse ambiente. E a tecnologia da Shazam, com uma poderosa capacidade de precisão em áreas ruidosas e de funcionar em diferentes dispositivos e microfones, pode ter um papel fundamental.

A Apple pode ampliar a tecnologia da Shazam, tornando-a capaz de identificar qualquer tipo de som à volta do utilizador. A utilidade? Esta informação pode, depois, ser utilizada para contextualizar uma situação ou espaço: ao ouvir o som do mar, os AirPods podem perceber que o utilizador está na praia e lembrá-lo de que tem de colocar protetor solar ou colocar automaticamente a tocar a playlist de verão, por exemplo. Da mesma forma, podem aperceber-se de sons anómalos em aparelhos domésticos e identificar os problemas ou alertar o utilizador para situações de perigo na rua.

Ao conceder capacidades valiosas ao nível do software, que permitem perceber o contexto e aumentar a realidade do utilizador, a compra da Shazam insere-se, de um ponto de vista mais amplo, num dos denominadores chave das empresas da nova economia: gerar valor de utilidade.

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