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DESTAQUES GAFANOMICS® [09/JUN/2017]

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Por: Joachim Renaudin, analista de projetos na FABERNOVEL INNOVATE Paris

“Destaques GAFAnomics®” é uma compilação dos artigos mais importantes partilhados internamente pela equipa da FABERNOVEL. Aqui, encontrará a sua “torrada de inovação” sobre as últimas novidades da Network Economy. 

Mary Meeker: Tendências da Internet 2017

marymeeker-2017-internet_trendsTodos os anos, Mary Meeker, da Kleiner Perkins, apresenta uma visão sobre as maiores tendências da Internet. Aqui fica uma pequena seleção daquilo que captou a atenção da FABERNOVEL:

  • As empresas com maior capitalização bolsista do mundo são tecnológicas: os GAFAM (Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft) compõem o top5 e as empresas tecnológicas representam 40% do top20.
  • 2017 ficará marcado como o ano em que o investimento global em publicidade digital ultrapassa o de TV a nível mundial, graças ao crescimento do mobile (agora, o canal número 1 de publicidade). Google e Facebook formam um duopólio.
  • O crescimento do e-commerce, com destaque para a Amazon que está a “derrubar” as cadeias de retalho físicas, fará deste um ano recorde em termos de encerramento de lojas de retalho, nos Estados Unidos.
  • China está rapidamente a ganhar terreno na revolução da Internet: os pagamentos mobile crescem exponencialmente no país, à medida que o número de utilizadores mobile atingiu os 700 milhões. A China é a “rainha” dos transportes on-demand, registando mais viagens de automóvel e bicicleta do que todos os outros países juntos!

A câmara é o novo teclado

fb_camera_centricAs quatros apps do Facebook (WhatsApp, Messenger, Instagram e o próprio Facebook) tornaram-se aplicações “camera-first”. A empresa lançou a funcionalidade stories, filtros de realidade aumentada e convida a captar e partilhar fotografias ou vídeos diretamente a partir da app (sem ser necessário utilizar a aplicação default de câmara do smartphone).

A câmara assume agora um lugar central nas apps de messaging mais populares. Porquê? Um dos motivos prende-se com o facto de os utilizadores apreciarem, cada vez mais, a partilha de fotografias e vídeos e as empresas quererem aumentar a interação. Por outro lado, e numa perspetiva de longo prazo, estas empresas acreditam que o vídeo em direto e a realidade aumentada são as próximas grandes plataformas.

Os filtros de realidade aumentada do Snapchat não servem só para partilhar imagens divertidas com os amigos, são também uma forma de descobrir novos produtos, comunicar com marcas e fazer compras online! A câmara é o novo teclado.

Facebook está “viciado”

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O problema da Internert é recompensar extremos. Suponhamos que vamos a conduzir rua abaixo e deparamos-nos com um acidente. Obviamente, vamos olhar. Toda a gente olha. Para a Internet comportamentos como este significam que toda a gente quer acidentes de carro e tenta proporcionar isso“.

Ev Williams, fundador da plataforma de blogging Medium, explica o porquê de acreditar que o Facebook está “viciado”. A news feed do Facebook rege-se pelo envolvimento, o que significa que se gostarmos/lermos um post de um utilizador em particular, mais posts serão mostrados. Este enfoque no envolvimento seleciona os conteúdos mais chocantes/virais, incluindo notícias falsas, num ciclo de feedback sem fim.

Podemos dizer que isto já acontecia na Era pré-digital, com os paparazzi, manchetes chocantes e tablóides, mas a escala da rede do Facebook e o tempo que as pessoas por lá despendem não tem precedentes. Recentemente, Mark Zuckerberg afirmou que solucionar o problema das notícias falsas era uma das suas prioridades. Certamente o é, mas enquanto o envolvimento permanecer como uma métrica chave do modelo de negócio do Facebook, será difícil acabar com a divulgação das notícias falsas na news feed de todos os utilizadores.

Google quer melhorar experiência de navegação na web

google_adblockA Google confirmou que, em 2018, o browser Chrome irá incluir a funcionalidade adblock que permitirá bloquear “anúncios inaceitáveis”. A decisão surge no seguimento do standard criado pela Coalition for Better Ads, que rejeita a publicidade intrusiva que  aparece, automaticamente, com som, anúncios intermitentes ou que cobrem todo o ecrã, por exemplo.

Porque é que a Google mataria parte do seu negócio? A empresa afirma que a sua motivação é “limpar” a web para que os consumidores e publishers tenham uma boa experiência de navegação e, assim, não utilizem outros adblockers. Ao criar o seu próprio adblocker, a Google será capaz de controlar que tipo de anúncios os utilizadores veem… e, obviamente, garantir que os utilizadores não utilizam adblockers na sua galáxia de websites.

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