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Cutiss desenvolve máquina que fabrica pele para enxertos

  • A startup suíça Cutiss desenvolveu uma máquina capaz de produzir pele para enxertos, a partir de uma pequena amostra de pele saudável dos pacientes.
  • A máquina consegue criar um tecido com uma dimensão 100 vezes superior à da amostra recolhida, podendo vir a revolucionar o tratamento de queimaduras. 

Mais de 11 milhões de pessoas em todo mundo sofrem queimaduras graves, todos os anos, que requerem, muitas vezes, intervenções cirúrgicas. Fundada em 2017, a startup suíça de biotecnologia Cutiss desenvolveu um tratamento inovador para responder a este e a outros problemas dermatológicos. Trata-se de uma máquina capaz de produzir pele para enxertos, batizada de denovoCast.

A partir de uma pequena amostra de pele saudável dos pacientes, esta máquina consegue criar um tecido com uma dimensão 100 vezes superior à da amostra recolhida. E consegue produzir vários enxertos de pele em simultâneo e de forma automatizada.

O objetivo da startup é continuar a melhorar a solução para que uma amostra de pele seja capaz de gerar um tecido com uma dimensão 500 vezes superior. 

Esta pode ser uma alternativa revolucionária ao tratamento tradicional, em que tipicamente é retirada pele saudável do paciente, mas que só pode ser estendida até 9 vezes a sua superfície. Esta é uma grande limitação, sobretudo no tratamento de queimaduras com maior extensão. 

Outra das vantagens da solução de biotecnologia da Cutiss é que pode reduzir os custos dos tratamentos, tornando-os acessíveis em países em desenvolvimento, onde são registados 70% dos casos de queimaduras em todo o mundo. 

Neste momento, este método de tratamento inovador está a ser testado em pacientes em ensaios clínicos que estão a decorrer na Europa.

Desenvolvida em parceria com o centro de investigação suíço CSEM, a solução denovoCast deverá chegar ao mercado depois de 2023.

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