- A Galvani Bioelectronics está a transformar o tratamento de pacientes com doenças autoimunes, através de um implante bioeletrónico.
- O implante envia impulsos elétricos para os nervos, para restaurar as funções de órgãos específicos.
A Galvani Bioelectronics nasceu de uma joint-venture entre a farmacêutica GlaxoSmithKline e a empresa de soluções de saúde Verily (da Alphabet), com o objetivo de transformar o tratamento de pacientes com doenças autoimunes.
Herdando o nome em homenagem a Luigi Galvani, um cientista e filósofo italiano (do século XVIII) que foi pioneiro na exploração da bioeletricidade, a Galvani desenvolveu um implante bioeletrónico capaz de enviar impulsos elétricos para os nervos, para restaurar as funções de órgãos específicos.
Com a dimensão de uma chave, este implante conectado é colocado através de uma cirurgia, que tem uma duração estimada inferior a uma hora.
Após a colocação, os médicos podem configurar e programar remotamente os tratamentos através da plataforma de software da Galvani, fazendo a monitorização e o acompanhamento à distância.
Por outro lado, os pacientes podem controlar algumas funções, através de uma aplicação. Por exemplo, colocar o implante em pausa, visualizar as sessões de tratamento agendadas e verificar o estado da bateria.
O sistema inclui também um pequeno dispositivo, que é acoplado ao corpo para permitir o carregamento wireless do implante.
Podendo permanecer no corpo durante toda a vida, este implante já foi testado com sucesso num paciente, no Reino Unido, para o tratamento de artrite reumatoide – uma doença que, em Portugal, se estima que afeta entre 50 mil a 70 mil pessoas.
Para além da artrite reumatoide, esta pode ser uma inovação importante para minimizar os sintomas de muitas outras doenças autoimunes, como é o caso da doença de Crohn e a diabetes.
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