
Late Shift: Revolução na indústria do entretenimento?
- O Late Shift é um filme interativo, que está disponível através de uma aplicação, que permite ao espectador tomar decisões pelo protagonista, em tempo real.
- Este formato pioneiro e inovador é um bom exemplo da transformação da indústria cinematográfica.
Estamos no início daquilo que podemos chamar de Era de ouro do vídeo online e a crescente popularidade de filmes transmitidos através do YouTube, Vimeo ou Short of the Week é um dos indicadores que o comprovam. Mas não só, também os filmes em formato de App estão a dar provas da transformação que está a ocorrer na indústria cinematográfica – mais interativa e com nuances de um jogo.
O Late Shift (produzido pela &Söhne e CtrlMovie e dirigido por Tobias Weber) representa um formato pioneiro, inovador e talvez capaz de reinventar o cinema na Era Digital. Este é o primeiro filme interativo a permitir que o espectador tenha influência direta na história: é este quem toma decisões pelo protagonista, em tempo real e em poucos segundos, através de uma App pré-instalada (mais de 180 decisões a tomar e que geram sete finais possíveis).
Outras formas de interação têm vindo a surgir, como a série de terror Haunting Melissa, lançada em 2013 e desenvolvida exclusivamente para mobile. O ‘contato’ com o utilizador é feito através do envio de notificações sempre que são lançados novos episódios, que podem ser visualizados gratuitamente se o espectador partilhar conteúdos sobre a série no Facebook, criando maior envolvimento da comunidade nas redes sociais.
A empresa de entretenimento Interlude também adaptou os filmes “The Twilight Zone” e “WarGames” para uma versão interativa e o projeto Mosaic, que o realizador Steven Soderbergh está a desenvolver para a HBO, está a ser concebido de forma a decorrer em múltiplas plataformas, potenciando a interação com os utilizadores.
“A palavra ‘televisão’, tal como ‘telefone’, tornou-se num legado que utilizamos para identificar algo sem o descrevermos detalhadamente. O que é que queremos dizer com ‘televisão’? House of Cards e Hemlock Grove? Haunting Melissa no iPad? Uma narrativa por séries? Filmagens para um ecrã pequeno? Talvez. Certamente não quer dizer aquilo a que estávamos habituados. Warren Ellis, autor inglês.
Nesta tendência clara para um consumo de conteúdos on-demand e, cada vez mais, interativos na smart tv, o “segundo ecrã” é um player com grande relevância. A App do eBay para iPad é um bom exemplo do prolongamento da experiência do consumidor, através do cruzamento de canais de comunicação, permitindo ver televisão e comprar os produtos relacionados com a emissão.
Já pensou como é que esta estratégia podia encaixar na sua empresa?
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