
DESTAQUES GAFANOMICS® [13/ABR/2017]
Por: Joachim Renaudin, analista de projetos na FABERNOVEL INNOVATE Paris
“Destaques GAFAnomics®” é uma compilação dos artigos mais importantes partilhados internamente pela equipa da FABERNOVEL. Aqui, encontrará a sua “torrada de inovação” sobre as últimas novidades da Network Economy.
Tesla torna-se no fabricante de automóveis com maior capitalização bolsista dos EUA
A Tesla tornou-se no fabricante de automóveis com maior capitalização bolsista dos Estados Unidos, depois de ultrapassar a Ford e a General Motors (GM).
A empresa vendeu, no mês passado, cerca de 4 mil automóveis, enquanto a Ford e a GM venderam 50 vezes mais! Porque é que Tesla vale tanto? Porque não é um fabricante tradicional:
- Recebeu 373 mil pré-encomendas do Model 3, naquilo que pode ser descrito como a maior campanha de crowdfunding da história.
- Faz updates aos automóveis de 6 em 6 meses, tal como um smartphone…com rodas.
Mais do que isso, como Elon Musk refere, a “Tesla está ridiculamente sobrevalorizada se nos basearmos no passado, mas isso é irrelevante. O preço das ações representa futuros cash flows ajustados ao risco”.
Facebook: O rei da publicidade para as PME’s
O Facebook já conta com 5 milhões de anunciantes ativos na sua plataforma, tendo somado mais 1 milhão nos últimos meses. A empresa está a provar ser a plataforma de referência na área da publicidade para as pequenas e médias empresas.
Antes do Facebook e da Google, as PME’s estavam limitadas ao canais de marketing tradicionais, como a TV ou jornais. Ao conectarem-se ao Facebook Graph, estas empresas, com recursos de marketing limitados, conseguem ter um alcance global e segmentar utilizadores muito específicos.
Esta procura por parte das empresas de pequena dimensão tem uma grande margem de crescimento: só 8% dos 65 milhões de Business Pages passaram de amigos a clientes do Facebook.
Investidores ainda acreditam que Lyft vai destronar a Uber
A Lyft, a maior rival da Uber nos Estados Unidos, captou mais 500 milhões de dólares em investimento para chegar a uma valorização de 7.5 mil milhões de dólares. A empresa está a aproveitar as dificuldades que a Uber tem passado nos últimos tempos (crise de relações públicas e outros escândalos que levaram ao boicote #deleteuber no Twitter).
Ambas as empresas não são rentáveis, mas, embora acreditem que a dimensão do mercado vai para além dos táxis, os investidores estão confiantes de que os serviços de ride-hailing podem marcar o fim da posse de automóveis.
As dificuldades da Uber ilustram como a empresa difere dos puros orquestradores de redes, como é o caso do Facebook. A Uber tem, maioritariamente, alimentado o efeito de rede, pelo que é mais fácil apagar a sua App e substitui-la pela Lyft, porque, no fim de contas, o que os utilizadores necessitam é de um automóvel e de um motorista. Ou pode dar-se o caso de a Lyft captar um grande volume de investimento e atingir a escala da Uber. Já abandonar o Facebook, quando todos os nossos amigos permanecem na plataforma, é mais custoso.
Amazon é uma ameaça ao negócio de publicidade da Google?
A receita de publicidade da Amazon deverá atingir os 5 mil milhões em 2018, traduzindo-se numa taxa de crescimento de 37% ao ano. Tal é resultado do investimento de um número crescente de grandes retalhistas com o objetivo de ter um lugar privilegiado no motor de recomendações da Amazon. Grandes marcas como a Tide, Pampers, etc., têm maior propensão para fazer tais investimentos, pois têm a expectativa de gerar repetidas vendas graças à força das suas marcas.
À medida que mais clientes acedem, diretamente, à Amazon em vez de pesquisarem por produtos, estará a Amazon a tornar-se numa séria ameaça ao negócio de publicidade da Google? A Morgan Stanley estima que a Amazon irá deter mais de 4% da publicidade online em 2020… e o Google 32%. O Google continua a ser o rei da publicidade.