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James Wyman: “O Pillo é um hub para a saúde em casa”

Pillo é um robô doméstico que disponibiliza os medicamentos à hora certa. Foi criado pela Pillo Health e, em 2016, entrou numa campanha de crowdfunding, no Indiegogo, onde captou mais de 100 mil euros. Foi um dos projetos que a FABERNOVEL decidiu apoiar, por considerarmos ser inovador na área da saúde. Por sermos um dos primeiros investidores, recebemos, em exclusivo, uma unidade no nosso escritório em Lisboa e estamos impressionados com o seu potencial!

Aproveitámos a oportunidade para entrar em contacto com a Pillo Health e entrevistar o cofundador, James Wyman, que partilhou connosco qual é a visão da startup para transformar a indústria da saúde.

O Pillo pode ajudar, em particular, os mais seniores e também os seus cuidadores a acompanhar e melhorar o seu dia-a-dia. Além de armazenar comprimidos, permite fazer vídeo-chamadas e interagir por voz para fazer perguntas.

Quantas unidades venderam e em que países?
Não divulgamos esses números. O nosso foco neste momento é os EUA. Temos encomendas de milhares de unidades de parceiros comerciais nos EUA que vão ser vendidas ao longo de 2019. Estas unidades vão ser vendidas através da Stanley Black & Decker e dos seus parceiros retalhistas de distribuição. O produto vai chamar-se Pria By BLACK+DECKER (é um primo do Pillo).

Quantos utilizadores ativos têm?
Não divulgamos publicamente esses números.

Que feedback têm tido até agora?
Recebemos um feedback excelente e útil dos utilizadores e dos cuidadores (frequentemente, filhos que compram o dispositivo para os pais). O Pillo desempenha um papel fundamental para assegurar que a medicação é tomada e os nossos utilizadores reconhecem e apreciam a sua importância. Apercebemo-nos também que as pessoas estão a criar um relacionamento com o Pillo e a utilizá-lo também para pedir informações meteorológicas, conversar ou fazer chamadas de vídeo.

Qual é o plano de distribuição e os canais que vão utilizar?
O Pillo vai ser vendido através de parceiros do sistema de saúde, nos EUA, para já. Estão incluídos hospitais, seguradoras e outros prestadores de cuidados de saúde. Estamos a fazer testes piloto com parceiros, este ano, antes de avançarmos para estes canais.
O Pria By BLACK+DECKER vai ser vendido diretamente aos consumidores através de retalhistas. A Stanley Black & Decker vai ser o principal distribuidor, através dos seus parceiros, online e em lojas físicas.

Planeiam integrar outros serviços no Pillo?
Sim. A telemedicina é um ótimo exemplo: dar a possibilidade de falar, diretamente, com um professional de saúde através do ecrã do Pillo. Vai também ser possível fazer uma monitorização à distância para que o Pillo se possa conectar a dispositivos dentro da habitação, como medidores de pressão arterial, balanças inteligentes e sensores de movimento.

Como é que planeiam atrair mais clientes?
Do lado do consumidor, a Stanley Black & Decker é um parceiro forte que vai vender o Pria By BLACK+DECKER aos consumidores, nos EUA. O Pillo vai ser direcionado a pacientes específicos através de parceiros do sistema de saúde, assim que concluirmos os pilotos este ano.
Internacionalmente, vamos procurar parceiros locais fortes para fazer a distribuição, em mercados importantes. Grandes empresas no Reino Unido, na Coreia e no Japão já demonstraram interesse.

Qual é a vossa visão a longo prazo?
Vemos o Pillo como um hub para a saúde e bem-estar para casa. O objetivo é que qualquer pessoa com uma doença crónica possa utilizá-lo como um primeiro auxiliar para as suas necessidades relacionadas com a saúde e bem-estar. Pode ser para a medicação, pode ser para falar com um membro da equipa de profissionais de saúde ou para questionar o Pillo sobre a sua doença. Cada vez mais pessoas procuram ter acesso a serviços de saúde digital onde se sentem mais confortáveis – nas suas casas. Vemos o Pillo como um hub que responde a estas necessidades.

A inteligência artificial integrada no Pillo é desenvolvida in-house ou é utilizado o software de outras empresas?
Utilizamos o software de outras empresas quando faz sentido e desenvolvemos também o nosso próprio software. Não há necessidade de criar a roda em termos de software de reconhecimento de voz, por isso, utilizamos o software da Google “speech to text” e de outros fornecedores, incluindo a Microsoft.
Depois criamos a nossa própria inteligência artificial para melhorar o reconhecimento facial do Pillo e para o nosso “motor de regras” e análise de emoções.

Existem várias apps para a gestão da saúde e colunas inteligentes que oferecem uma experiência equivalente à do Pillo. Como é que vosso produto se diferencia?
O Pillo diferencia-se porque armazena e dispensa medicamentos, verifica se os utilizadores tomaram os seus comprimidos. Até agora, não há outra assistente virtual que faça isso. Segundo, o Pillo é proativo. Ao contrário da Alexa e de outros, não espera que o utilizador interaja para interagir com o utilizador. Isto é importante quando se tenta melhorar os resultados do tratamento de doenças crónicas, a longo prazo. Terceiro, a nossa arquitetura está em conformidade com a HIPAA. Podemos trabalhar com vários fornecedores e organizações de saúde nos EUA, sabendo que os seus dados e os nossos estão seguros.

Quais são os vossos planos para continuar a melhorar o produto?
Continuamos a ter um ótimo feedback e estamos, permanentemente, a melhorar o Pillo através de atualizações e de novas funcionalidades. Não queremos alongar-nos a este respeito, precisamente porque há muitas empresas a investir nesta área. Preferimos manter o elemento surpresa sobre as nossas novas funcionalidades.

 


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