Os últimos tempos do Yahoo! têm sido difíceis com o “loop” entre descidas de resultados, anunciados trimestralmente, e vários problemas na organização. Os accionistas bem tentaram colocar “rumo” no Yahoo! (NASDAQ:YHOO) , quando há sete meses, afastaram Terry Semel do cargo de CEO (passando a Chaiman não-executivo) e nomearam um dos fundadores da companhia, Jerry Yang para tentar recuperar os resultados.
Durante o último ano, foram conhecidos alguns contactos entre a Microsoft (NASDAQ:MSFT) e o Yahoo!, mas o mercado estava longe de suspeitar que poderia estar a preparar-se uma Oferta Pública de Aquisição (OPA).
Ficam os factos que marcaram os dias antes e depois do anúncio da OPA:
29 JAN – Jerry Yang anúncia os resultados do quarto trimestre do Yahoo! com uma descida nos lucros de 23% face ao período homólogo, e menos 12% na variação anual (para os $660 milhões). Para 2008, são tímidas as perspectivas de Yang.
Em consequência dos resultados apresentados, as acções caem para $19,05 (igualando valores de 2003). No mesmo dia, o Yahoo! anuncia que vai efectuar um corte de 1.000 postos de trabalho.
31 JAN – Terry Semel anuncia a sua saída do Yahoo! para se dedicar a full time à sua empresa Windsor Media (para onde saíram recentemente dois importantes directores também do Yahoo! ). As acções do Yahoo! fecham nos $19,18. Com este “sinais”, Steve Balmer, o CEO da Microsoft percebeu que era a hora de avançar… Em consequência dos resultados apresentados, as acções caem para $19,05 (igualando valores de 2003). No mesmo dia, o Yahoo! anuncia que vai efectuar um corte de 1.000 postos de trabalho.
Seja qual for o desfecho desta OPA, estou certo que o Google não vai ficar indiferente e vai mesmo responder com a compra de players de media (display marketing). Um dos potenciais alvos pode ser a cnetnetworks (NASDAQ:CNET), que à semelhança do Yahoo!, tem dado sinais de grande fragilidade (descida de resultados, falta de rumo e saída de quadros de direcção). Assim, é bem possível que um destes dias a notícia seja: “Google lança OPA à cnetnetworks”.
Nota: Artigo publicado no jornal Meios & Publicidade de 29/02/2008