
Geolocalização é o novo “petróleo” dos serviços
Na Era do mobile, já nos esquecemos do que é um “número de telefone” para solicitar um serviço e, brevemente, deixaremos de precisar de moradas. Os dados relativos à localização do utilizador serão o driver chave, pois permitem inovar na forma como os serviços são fornecidos e, sobretudo, aumentar a sua conveniência e eliminar pain points. Já pensou como é que sua empresa pode beneficiar de serviços baseados na geolocalização?
Serviços como o PhoneAddress™, desenvolvido pelo operador de telecomunicações belga BASE, identificam a localização exata do utilizador, por GPS, permitindo-lhe receber encomendas onde quer que este esteja – num parque, num barco, na praia, etc. A aplicação conecta o destinatário da encomenda e o estafeta permitindo ajustar o local da entrega, concedendo maior flexibilidade ao utilizador.
Novas oportunidades no e-commerce
Dada a conveniência para o cliente, este tipo de serviço é diferenciador e representa uma vantagem competitiva para as empresas, pelo que é expectável que os retalhistas venham a integrar serviços deste tipo como uma funcionalidade dentro das suas próprias aplicações de e-commerce. Esta é uma forma de melhorar a experiência do utilizador e rentabilizar o número crescente de compras feitas através do mobile.
É provável que, neste modelo de funcionamento, o utilizador venha a acordar com o estafeta um tempo de permanência em determinado local para a entrega ser feita, embora o utilizador não necessite de permanecer na localização a partir da qual fez a encomenda.
A Amazon, por exemplo, está já a preparar-se para fornecer um serviço deste tipo através de drones, utilizando os dados relativos à localização do destinatário da(s) encomenda(s), para fazer a entrega diretamente no local onde o cliente se encontra no momento. A gigante de e-commerce criou também, em 2015, uma parceria com a Audi para começar a testar um serviço que permite ao utilizador definir a bagageira do carro como destino da encomenda.
Uber: eliminar pain points, passo a passo
A Uber é outro bom exemplo de como os dados de localização permitem eliminar pain points. Uma das últimas atualizações da aplicação permite à Uber monitorizar a localização dos utilizadores mesmo quando a app não está a ser utilizada, como forma de criar novas features que melhoram a experiência do utilizador, sobretudo no que toca à localização e horários para “apanhar” passageiros.
A empresa lançou recentemente uma funcionalidade (Uber to Person) que permite definir a localização de uma pessoa como destino, em detrimento de uma morada, e formou uma parceria com o Snapchat para o desenvolvimento de um “filtro” que informa os utilizadores sobre o tempo estimado para a chegada.
Dada a importância do mapeamento e dos dados de localização, a Uber está a tentar ganhar maior independência face à utilização dos serviços da Google (Waze e Google Maps), tendo criado um laboratório de inteligência artificial e adquirido a startup Geometric Intelligence com o objetivo de melhorar os seus mapas.

Créditos de imagem de destaque: BASE (Phone Address)
Permalink