
Por que razão a Google vai controlar as compras offline?
- Google vai controlar o que se compra offline.
- Informações sobre pagamentos são dados valiosos que as empresas tecnológicas procuram captar.
A Google é conhecedora de grande parte dos comportamentos online e agora irá monitorizar as compras que são feitas offline. Para além dos dados que já possui, a empresa vai estabelecer parcerias de forma a ter acesso a 70% dos dados de transações feitas com cartões de crédito e de débito; e vai recorrer a dados de geolocalização, para perceber se quando os utilizadores são expostos a anúncios de determinados produtos online os tendem a adquirir, posteriormente, numa loja física.
O objetivo? Medir com maior precisão o impacto nas vendas globais – online e offline – das campanhas de publicidade digitais das marcas e impulsionar o seu negócio de publicidade.
Esta estratégia pode ser, particularmente, relevante na medida em que o retalho físico ainda prevalece sobre o e-commerce. Recentemente, a Google lançou também uma ferramenta (Google Lens) com potencial para impulsionar o tráfego das lojas físicas.
Este exemplo é ilustrativo do valor dos dados relativos a pagamentos para as empresas tecnológicas. O método utilizado, agora, pela Google é indireto, uma vez que se baseia em parcerias, mas a empresa tem apostado de forma direta na área de pagamentos, através de serviços como o Android Pay ou o Google Wallet, disponibilizado recentemente no gmail.
Também o Facebook está a posicionar o Messenger como uma plataforma de comércio. A empresa poderá vir a tornar-se num processador de pagamentos, conectando-se diretamente às contas bancárias dos utilizadores (através de uma API com o consentimento do utilizador).
Ao recolher informação sobre transações, Google e Facebook podem facultar estes dados a anunciantes permitindo uma melhor segmentação de potenciais clientes, por exemplo. Além disso, estes dados podem servir de base para, eventualmente, avançar para novos serviços.
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