
O potencial da micromobilidade
Um carro pode transportar cinco pessoas, dezenas de quilos de bagagem, andar 500 quilómetros, do deserto para a neve, e ainda assim é o mesmo veículo que utilizamos, normalmente, para transportar apenas uma pessoa, numa viagem de dois quilómetros.
Neste episódio do podcast “Exponential View” da HBR, Horace Dediu, o especialista que cunhou o termo “micromobilidade” (para descrever veículos com menos de 500 kg), explica porque é que esta visão é arcaica e como é que a evolução na utilização dos computadores e da internet podem deixar pistas sobre o potencial de crescimento da micromobilidade. (Min. 10:36)
Desktop, portátil, smartphone, tablet, wearables: todos eles co-existem nas nossas vidas e servem diferentes propósitos. Porque não utilizarmos, então, vários veículos elétricos – bicicletas, trotinetes, etc. – para responder a diferentes necessidades do dia-a-dia?
Se compararmos com a internet, as empresas de telecomunicações começaram por construir e investir na infraestrutura e os fabricantes de dispositivos desenvolveram routers e modems. Mas, desde o ano 2000 e da origem da publicidade online, o acesso a dados e a serviços tem sido o motor da inovação e do investimento no digital. Da mesma forma, para muitas empresas a oportunidade da micromobilidade pode estar na oferta de serviços. (Min. 23:31)
Um dos cenários que Horace Dediu nos apresenta é o da micromobilidade (tal como a internet) tornar-se numa plataforma de publicidade, que nos incentiva a passar por outros “destinos” no caminho para o escritório ou antes de chegarmos a casa.
Os mapas e os wearables vão ter um papel fundamental para que isto seja possível e as gigantes tecnológicas são incontornáveis. Vale a pena ouvir o exercício de reflexão, neste podcast, sobre como cada um dos GAFA (Google, Apple, Facebook e Amazon) pode fazer da micromobilidade um terreno fértil. Capacetes da Apple? Bicicletas elétricas da Amazon? Talvez. 🤫 (Min. 37:59)