
54 minutos de Musk em estado puro
Elon Musk é uma figura incontornável da atualidade, e de facto, é impossível ficar indiferente a um homem que através das suas empresas está a transformar o mundo e o espaço a uma velocidade impressionante. Tão impressionante quanto o número de tweets que publica, aos quais responde ou que simplesmente ignora.
Como já toda a gente percebeu, o Twitter é a plataforma social de eleição de Elon Musk, onde partilha o que lhe vai no coração e na alma, seja para fazer anúncios polémicos (como o tweet de que iria retirar a Tesla de bolsa), para apresentar novos produtos, comentar os novos lançamentos da SpaceX, fazer provocações, sondagens, etc.
Com mais de 82 milhões de seguidores, um tweet de Musk vale muito mais do que muitas campanhas publicitárias. E certamente pela utilização intensiva do Twitter, mas também pelo contexto de transformação social que vivemos, Elon não resistiu a querer ter um papel ativo na plataforma.
No dia 4 de abril, Elon Musk compra 9,2% do Twitter, mas 10 dias mais tarde vai ainda mais longe e anuncia a intenção de comprar a totalidade do Twitter por 43 mil milhões de dólares.
Muitos analistas e comentadores tentaram de imediato descodificar as motivações de Musk até à entrevista de Chris Anderson da TED na semana passada.
As respostas foram claras: não tem motivações económicas, quer garantir a liberdade de expressão (dentro dos limites da lei), transparência sobre o algoritmo e garantir que a plataforma tem a confiança de toda a sociedade. E sim, se não conseguir concretizar a compra do Twitter, tem um plano B (que não revelou).
Nestes 54 minutos de entrevista, Musk falou também sobre a aventura na liderança da Tesla e a urgência de transição para uma economia energeticamente sustentável, passando por outros temas, como a revelação de que tem síndrome de Asperger, a busca pela verdade, a descodificação do mundo, o significado da vida e uma visão de futuro.
Esta é, a meu ver, uma das melhores entrevistas que mostra a genuinidade e genialidade de Elon Musk. Cada minuto, dos 54 minutos desta entrevista, valem mesmo a pena!