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A Arte e a Inteligência Artificial encontraram-se em Veneza

No dia 23 de abril de 2022, abriu uma grande exposição de arte contemporânea no famoso Giardini della Biennale no decorrer da 59ª Exposição Internacional de Arte – La Biennale di Venezia.

O que tem de inovador esta exposição de arte contemporânea? Tudo, a começar pelo artista que a criou. Ai-Da, a primeira artista robô humanóide ultra-realista, apresenta uma exposição individual de obras de arte, durante a La Biennale di Venezia, como faz qualquer artista humano.

A exposição Leaping into the Metaverse acontece em cinco espaços conectados e explora a interface entre a experiência humana e a Inteligência Artificial (IA), de Alan Turing ao Metaverso.

A exposição baseia-se também nos conceitos artísticos de Dante, de Purgatório e Inferno, para explorar o futuro da humanidade num mundo onde a IA continua a invadir o dia a dia do ser humano.

Os visitantes são presenteados com a obra de arte Flowers on the Banks of the Lethe. Esta obra é composta por flores impressas em 3D, criadas a partir dos desenhos da Ai-Da, utilizando algoritmos de IA. Numa tentativa de replicar as margens floridas do mítico rio Lethe, esta peça pode ser vista como uma resposta a Alan Turing e aos seus pensamentos sobre humanóides artificiais: ‘something like the unpleasant quality of artificial flowers’.

Uma das composições artísticas centrais mais surpreendentes da exposição é uma série de quatro retratos pintados por Ai-Da com o seu novo braço de pintura. Do casamento de algoritmos avançados de IA e robótica, o novo braço permite-lhe pintar um retrato de maneira semelhante a um artista humano, aplicando tinta em camadas, mas de forma ainda muito pixelizada. No entanto, o resultado final é impressionante tanto para o mundo da arte quanto para o mundo da tecnologia, levantando-se a seguinte questão: “Podem os robôs ser genuinamente criativos?”

Pode descobrir o que pensa a própria Ai-Da sobre o assunto, nesta TED Talk em que participou em 2020, e vê-la também aqui “em ação”.