O mundo dos NFTs levantou um debate fascinante: serão os NFTs realmente arte? Certamente já se depararam com referências a NFTs como uma forma de arte, e essa associação pode não estar errada. Mas isso leva-nos a questionar a própria essência da arte.
A arte tem sido compreendida como algo tangível e visual, como pinturas, esculturas ou fotografias, onde a estética desempenha um papel central. Esta noção está a ser radicalmente transformada pelo lançamento de coleções icónicas no mundo dos NFTs. Estas coleções estão a desbravar novos territórios artísticos, desafiando as convenções da arte tradicional.
E se a arte, no contexto dos NFTs, transcender a mera representação visual? E se a essência da arte também residir na mecânica, no código e no software que dão vida a estas criações digitais e que permitem o envolvimento com os colecionadores?
Sabia que os famosos CryptoPunks são gerados por um algoritmo que combina diferentes características para criar uma vasta galeria de personagens únicos?. Esta abordagem representa o nascimento de uma nova onda artística que inspirou artistas digitais através da arte generativa, onde o software e código têm um papel crucial.

Outro exemplo é a famosa coleção Fidenza de Tyler Hobbs. Fidenza é nada mais, nada menos do que arte computacional. As obras desta coleção são geradas por algoritmos criados pelo próprio Tyler Hobbs e cada peça é única e imutável. Extremamente valorizadas pelos colecionadores, esta coleção gerou mais de 62 mil ETH (Ether) em volume de transações, o que no dia de hoje se traduz em cerca de 100 milhões de dólares. Para perceber melhor do que estamos a falar, vale a pena ouvir Tyler Hobbs a explicar o processo das suas criações generativas e físicas.
Mais recentemente, nasceu um dos grandes nomes no mundo dos NFTs, que trouxe consigo um conjunto de mecânicas inovadoras. Jack Butcher é o fundador da empresa Visualize Value e responsável pela criação de duas das mais famosas coleções de ativos digitais no mercado no segmento artístico.
No podcast PROOF, Jack Butcher explica-nos, entre muitos outros temas, a origem da sua coleção inspirada no selo de verificação do Twitter e dá-nos a sua perspetiva sobre os NFTs.
Este artistas são exemplo da adaptabilidade e criatividade humana diante das possibilidades tecnológicas em constante evolução. O futuro da arte parece promissor e repleto de descobertas. À medida que os artistas continuam a explorar e aprimorar a relação entre a mente e a máquina, estamos a expandir as nossas perceções sobre a própria arte, a autoria e a natureza da criatividade.