A Casa Branca organizou, na passada semana, uma Cimeira dedicada à cibersegurança e à proteção do consumidor, que decorreu na Universidade de Stanford.
Nesta cimeira participaram diversas personalidades do mundo empresarial e académico.
No seu discurso, Barack Obama referiu que o ciberespaço é, neste momento, como o “Selvagem Velho Oeste” (Wild Wide West) e que isso justifica que o Estado Norte-Americano e as empresas juntem esforços para salvaguardar a proteção dos cidadãos, serviços públicos e empresas.
Reforçou a defesa da Neutralidade da Internet, em prol da igualdade de oportunidades, inovação e desenvolvimento económico.
O presidente americano promoveu ainda a criação de Hubs entre o Estado e as empresas, com o objetivo de partilhar informação e reforçar a cibersegurança.
Na sua estratégia definiu quatro eixos estratégicos:
– A cibersegurança como missão partilhada pelo Estado e pelos privados;
– Cada um deve colaborar com as melhores competências;
– Evoluir rapidamente para conseguir ser mais rápido a preparar a defesa do que os agressores a atacar;
– Proteger a privacidade dos cidadãos.
Nesta entrevista, Obama explicou que não encarou o recente ataque da Coreia do Norte à Sony como um ato de guerra, mas como um ataque à propriedade privada e que a Coreia do Norte não é um país “muito bom” nesta matéria… mas que, mesmo assim, conseguiram provocar estragos com alguma dimensão.
Quando questionado por Kara Swisher sobre quem são os países que estão na linha da frente nesta matéria, Obama respondeu prontamente: China, Rússia e Irão e não hesitou em assumir que hoje há discussões com estes países relativos a Cibersegurança ao mesmo nível das discussões sobre armamento nuclear.
Sobre a Europa, referiu que, muitas vezes, as barreiras criadas às empresas americanas (como Google ou Facebook), têm mais a ver com objetivos de criar vantagem competitiva comercial para empresas europeias do que com questões de privacidade.
Obama, coloca a importância deste tema ao nível da necessidade de formação. É nos talentos que está a base da inovação que dão aos Estados Unidos a liderança mundial na economia global e digital. Ainda assim, o presidente mostrou-se preocupado pelo facto da China estar a conseguir licenciar anualmente um maior número de engenheiros informáticos do que os Estados Unidos.
Comentário na Edição das 12 do Económico TV: