
Não há nenhuma razão para que o futuro só aconteça em Silicon Valley
No livro de De Zero a Um, Peter Thiel apresenta a ideia de que criar algo novo é um ato único e singular. O resultado do processo de criação é sempre “algo fresco e estranho”, que leva o mundo de 0 a 1. Em contradição, fazer aquilo que já sabemos ou copiar um modelo já existente leva o mundo de 1 para n: apenas acrescentamos mais daquilo que já se conhece e sujeitamo-nos a falhar.
Em analogia com uma das mais célebres frases de Tolstoi: “Todas as famílias felizes são iguais, cada família infeliz é infeliz à sua maneira”, o autor constata que no mundo dos negócios passa-se exatamente o oposto. Paradoxalmente, todas as empresas felizes são felizes à sua maneira, pois cada uma conquista um monopólio dando resposta a um problema único. Já todas as empresas que falham são idênticas, não conseguem distanciar-se da concorrência.
Este livro nasceu de um curso sobre startups que Peter Thiel lecionou em Stanford em 2012 e fala de como criar empresas que fazem coisas novas. Trata-se de um resumo de tudo aquilo que aprendeu como co-fundador da PayPal e da Palantir e, posteriormente, como investidor em centenas de startups, incluindo a Facebook e a SpaceX.
O seu grande objetivo, durante o curso em Stanford, era ajudar os alunos a verem para além do caminho “normal” das suas áreas académicas, e perspetivarem um futuro mais abrangente que só eles poderiam criar.
Em resumo, Peter Thiel pretende inspirar os seus leitores “a encontrar formas singulares de criar coisas novas para construir um futuro não só diferente, mas melhor”.
O objetivo é irmos de 0 (zero concorrência) a 1 (número um no mercado).