
Blockchain: Um novo desafio para as empresas
A Blockchain tem a capacidade de transformar completamente a natureza dos sistemas económico, social e político, sendo relevante para as empresas começar a avaliar as suas possibilidade e apostar nesta tecnologia.
Começar “pequeno” é uma boa forma de desenvolver know-how para aplicações mais avançadas, embora o nível de investimento dependa do contexto da organização e da indústria.
A Blockchain é uma tecnologia disruptiva capaz de transformar completamente os sistemas económico e social e que terá um impacto enorme nas mais variadas indústrias – banca, transportes, imobiliário, seguros, saúde, grande consumo…
Esta tecnologia levará décadas a penetrar na infraestrutura económica e social, mas é relevante que as empresas se comecem a posicionar para sobreviver a esta “nova Economia”.
- Utilização singular – O ponto de partida podem ser aplicações isoladas da tecnologia Blockchain, como, por exemplo, adicionar a moeda digital Bitcoin como mecanismo de pagamento. Outra abordagem de baixo risco passa por utilizar a Blockchain internamente como uma base de dados para a gestão de ativos físicos e digitais, histórico de transações internas e verificação de identidades. Esta pode ser uma boa solução para as empresas com múltiplas base de dados.
O crescimento de serviços cloud com base na Blockchain, fornecidos por startups ou grandes empresas como a Amazon e a Microsoft, tem facilitado estes processo de experimentação.
- Rede online privada – As redes privadas de Blockchain estão a crescer, como é exemplo a rede da Ripple (moeda digital) com o consórcio de bancos R3. As empresas de serviços financeiros estão a perceber que estas redes, que criaram com um número limitado de contrapartes de confiança, podem reduzir significativamente os custos das transações.
As organizações podem também abordar problemas específicos em transações externas, utilizando a Blockchain para monitorizar bens em cadeias de fornecimento complexas, por exemplo. Sendo que esta tecnologia está disponível em formato ‘chave-na-mão’. Isto está já a acontecer na indústria dos diamantes, onde as jóias são rastreadas desde a mina até às mãos dos consumidores.
- Desenvolver soluções inovadoras – Este tipo de abordagem requer um planeamento cuidado e uma das formas de fazê-lo passa por apresentar uma solução que não envolva grandes alterações no comportamento do utilizador final e que seja de fácil adoção. Os cartões de oferta da First Data, desenvolvidos em parceria com a Chain (programa Gift Block), são um bom exemplo. Os retalhistas que os oferecerem aos seus clientes podem reduzir significativamente o preço por transação e aumentar a segurança ao utilizar a tecnologia Blockchain para monitorizar os fluxos monetários entre contas – sem precisar de processadores de pagamento externos.
Embora as aplicações Blockchain com capacidade de transformar completamente a natureza dos sistemas económico, social e político (como os ‘contratos inteligentes’) ainda estejam longe, é relevante começar a avaliar as suas possibilidade e apostar na tecnologia que as vai tornar uma realidade. Começar “pequeno” é uma boa forma de desenvolver know-how para aplicações mais avançadas, embora o nível de investimento dependa do contexto da organização e da indústria.
As empresas de serviços financeiros estão entre as que estão melhor posicionadas para a adoção da Blockchain, ao contrário de outras indústrias, como a do fabrico, por exemplo.
Revolução para as empresas
Os contratos inteligentes (pagamentos automáticos e transferência de dinheiro ou outros ativos assim que as condições negociadas foram cumpridas) já têm sido testados e são, até agora, a aplicação mais revolucionária da Blockchain.
Um contrato inteligente é capaz de enviar, por exemplo, o pagamento a um fornecedor assim que uma encomenda for recebida. Ou seja, uma empresa pode indicar via Blockchain que determinado bem foi recebido, ou o produto pode ter GPS integrado e, assim que for detetado que chegou ao destino, o pagamento é processado automaticamente. Tendo implicações enormes nas estruturas e nos processos das organizações, como também no papel de intermediários, como advogados e contabilistas.
Mantenha o “radar” nesta tecnologia 🙂
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