- A Waymo, empresa da Google dedicada ao desenvolvimento de carros autoguiados, criou uma parceria com a empresa de ride-sourcing Lyft, uma rival da Uber.
- Os dados da Lyft são o ponto mais relevante para a Google.
A Uber utilizou a infraestrutura da Google para escalar o seu negócio (a Google foi inclusive dos primeiro investidores da UBER com um investimento de 258 milhões de dólares), mas, tendo atingido a dimensão que tem hoje, está a tentar seguir a sua visão de forma independente e concorrer com Apple, Google e Tesla no domínio dos carros autoguiados. No entanto, a empresa tem vindo a atravessar vários escândalos, entre eles um processo legal pelo roubo da tecnologia da Waymo, a empresa da Google dedicada ao desenvolvimento de carros autoguiados, e arrisca-se a ser considerada uma empresa de transportes na Europa (em vez de uma plataforma de serviços de transportes).
A Google está a aproveitar este cenário e deu mais um passo para ‘cercar’ a Uber, através de uma parceria com a Lyft (rival da Uber) que visa integrar a sua tecnologia para carros autoguiados na frota da Lyft.
Porque é que esta parceria é relevante? Sobretudo, pelo progresso tecnológico e porque permite à Google escalar a sua tecnologia globalmente: a Lyft opera em 70 países, em cerca de 500 cidades em todo o mundo.
A Waymo oferece à Lyft uma das tecnologias mais avançadas nesta indústria emergente dos veículos autónomos; enquanto a Lyft é uma fonte de dados granulares bastante relevantes para a Waymo, pois a sua frota de automóveis faz milhões de quilómetros e os dados que estão a recolher – trajetos, duração das viagens, valores dos pagamentos, rotas solicitadas e em que áreas, etc. – servem, para testar e melhorar a tecnologia da Google.
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