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IA: A maior revolução vivida pela Humanidade

A Inteligência Artificial (IA) vai estar cada vez mais omnipresente no nosso dia a dia, seja no nosso trabalho, integrada nas ferramentas (software) e nos sistemas operativos dos dispositivos que utilizamos, seja nas nossas rotinas pessoais.

O mundo “acordou” para a IA com o ChatGPT, lançado em novembro do ano passado, mas a comunidade tech já tinha começado a mostrar entusiasmo com as imagens criadas pelo Dall-E e MidJourney. O ChatGPT foi a plataforma com maior crescimento de sempre, ao atingir 1 milhão de utilizadores em apenas 5 dias (como comparação, o Instagram está em 2º lugar e demorou 2 meses).

Imagem criada através do Dall-E 2, que venceu um prémio internacional de fotografia

Esta velocidade de adoção do ChatGPT é reveladora do valor de utilidade e desejabilidade da inteligência artificial. Como todas as mudanças, sobretudo grandes e repentinas, gerou grandes receios. Sim, a IA é muito diferente do que vivemos até hoje e vai mesmo, em pouco tempo, substituir muitos postos de trabalho. O conhecimento, cultura e criatividade são fundamentais para nos mantermos relevantes e nos diferenciarmos, mas também saber utilizar as ferramentas de IA para aumentar a produtividade e a inovação nos produtos e serviços que criamos.

A revolução da IA será a maior revolução vivida pela Humanidade com enorme impacto em todas as indústrias, nos comportamentos sociais e individuais. 

A indústria de media e entretenimento não é exceção, e os primeiros exemplos já estão aí:

  • Na rádio, a Futuri Media criou o software RadioGPT e lançou uma rádio que gere e anima com vozes criadas por IA (ou clonadas a partir de vozes de animadores e jornalistas). E assume-se como melhor do que qualquer outra rádio, porque a sua IA sabe tudo sobre todos os artistas. Para quem ouve, se não souber que as vozes são artificiais, vai achar que são mesmo animadores e jornalistas que estão do outro lado do microfone.
  • Na TV, a primeira jornalista pivô criada e gerida por IA acabou de iniciar funções na China no People’s Daily (controlado pelo Estado Chinês) e está a fazer emissão em contínuo, 24 horas por dia.
  • No cinema, as startups Deepcake e Respeecher criam clones digitais (imagem e áudio) de atores e celebridades. O ator Bruce Willis (que se retirou por motivos de saúde) clonou a sua imagem para participar num filme publicitário e o ator James Earl Jones clonou a sua voz para continuar a dar voz a Darth Vader na saga StarWars. Ou seja, a IA vai garantir a “imortalidade” e não está longe o dia em que vamos escolher os atores que queremos ver num filme ou série. 
  • Na música, o Google, que está há anos a trabalhar em inteligência artificial e de onde se esperam muitas novidades em breve, já anunciou que vai lançar a MusicLM, que criará músicas com base nos nossos pedidos. 

Estamos mesmo na pontinha do iceberg da revolução da Inteligência Artificial, mas o impacto é tão grande que, pela primeira vez na história, os principais players estão a pedir urgentemente regulação.

*Artigo de opinião publicado no Meios & Publicidade.